“Ave
Maria, cheia de Graça”!
Com
essa saudação do Arcanjo Gabriel começamos essa linda oração,
marca da nossa fé católica, tão íntima é ela da devoção
mariana desde os primeiros tempos.
Pensemos
na cena: aquela que seria “a Mãe do meu Senhor” lá estava em
seus afazeres. Talvez orando, ou meditando, ou cuidando da casa como
qualquer menina de sua idade naquela disntante região. E chega o
Anjo com essa saudação, que lhe foi tão espantosa.
Nós
iniciamos a nossa oração com a mesma expressão: “Ave Maria,
cheia de Graça”. Quão doces palavras que vieram do céu. Penso
que ao dizermos isso Aquele que Era, que É e que Há de Vir
certamente se regozija ao ver como amamos Sua amada Mãe, como
recitamos aquelas palavras que O anunciaram!
Imagino
Nossa Senhora sentindo um doce palpitar no seu castíssimo coração,
ao ser novamente saudada por aquelas palavras tão distantes e tão
importantes, únicas e celestiais. E como disse “sim!” naquele
tempo também diz agora: “- Sim meu filho, estou aqui!”.
Então
novamente repetimos as palavras celestiais: “o Senhor é
convosco!”. Que mulher especial! Que um Anjo do Céu lhe saúda,
lhe chama de Cheia de Graça, e diz que o Senhor é com ela. Que
adoção maravilhosa, podermos participar dessa sublime família, a
sua descendência dos que guardam os mandamentos de Deus e
testemunham Nosso Senhor Jesus Cristo.
Deus
é com Maria! Disse o Anjo. E se era naquele momento, Aquele que é
constante, não se arrepende nem volta atrás, muito mais é com Ela
agora, quando ela dizendo Sim! tornou-se mãe de Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo, e de todos aqueles que fazem a sua vontade,
pois Ele disse “este é meu irmão e minha irmã”
Ah
se soubéssemos do céu que Deus é com alguém, correríamos a este
com toda a força para ouvir suas palavras e pedir suas orações. E,
no entanto, sabemos que Deus é com Maria, e que, por Seu Filho,
somos também seus filhos! Que alegria! Que maravilha. Temos uma Mãe
no Céu, e Deus é com ela para sempre!
E
repetimos então aquilo que Isabel disse: “Bendita sois Vós entre
as Mulheres”, “Bendito é o Fruto do Vosso ventre (Jesus)”.
Na
oração da Ave Maria, fazemos pois este itinerário, descobrimos
nossa mãe cheia de Graça, com Deus, e então Este fruto
maravilhosíssimo nós louvamos assim, pois por Ele ela é bendita
entre as mulheres, pois bendito é o fruto do seu ventre, que é
Jesus, nosso Senhor e Salavador.
Que
mulher maravilhosa, que mulher inigualável, Mãe do nosso Salvador!
Nossa Mãe também.
Então,
que diremos diante dela, senão, ecoando as palavras de Tomé que
disse “Meu Senhor e Meu Deus!”, “Santa Maria, Mãe de Deus!”
Pois
quão santa aquela cujo Senhor é com ela, quão excelsamente santa
aquela que carregou o Santo dos Santos, pois o que lhe santifica é o
próprio Deus com ela, que também se fez Deus conosco ao se fazer
seu Filho!
Que
podemos dizer mais diante dessa mulher, que podemos dizer mais diante
dessa Mãe, tão amada por Nosso Senhor? Nada, apenas o que resume
tudo: “rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte”!
Como
estamos distantes de sua santidade óh Maria! Quanto nos falta para
sermos com Deus! Quiséramos carregá-lo como vós! Somos pobres,
somos pó, servos maus, servos inúteis! Indignos sequer de pensarmos
no nome do Nosso Salvador. Tão cheios de pecado, tão sujos da
concupiscência, tão imundos e contaminados que o Senhor bem deveria
fazer-se distante de nós como os israelitas dos leprosos daquele
tempo.

Quando
estamos diante dela, e vemos como somos pecadores, pedimos como São
Paulo: intercede por mim! Mãe, como sou pecador, imundo e
maltrapilho, tosco e feio, roga por mim!
Uma
mãe nunca abandona seus filhos. Maria esteve com Cristo no momento
da sua dor, quando todos o abandonaram. Ela também está conosco
enquanto carregamos nossa cruz, ela não nos abandona.
E
como ela esteve com Cristo na sua morte, nós pedimos que ela
interceda por nós no momento mais solitário e amedrontador da nossa
existência. Mãe, roga por nós, conduz-nos a Vosso Filho
Santíssimo!
Amém!
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